terça-feira, 21 de outubro de 2014

Aula de campo na pedreira BRITANOP em Alto Coité

Alunos seguem em direção ao lavador, na pedreira BRITANOP
A Escola Pe. César Albisetti, no Município de Poxoréu, MT realiza todos os anos uma série de atividades extra-muros, com o objetivo de aproximar seus alunos da realidade social em que se encontra inserida.
Alunos dos segundos anos da EE. Pe. César em aula de campo na Pedreira BRITANOP
Dentre essas atividades estão as Aulas de Campo, as quais têm como objetivo o "conhecimento dos Distritos". Anteriormente, a escola já levou seus alunos até os Distritos de Jarudore, Paraíso do Leste e Aparecida do Leste. Neste ano, a aula foi realizada no Distrito de Alto Coité.

Seu Alberto fala aos alunos da escola Pe. César Albisetti sobre os trabalhos da BRITANOP. Ao seu lado, a aluna Evanya e o Prof. Antenor Ferreira (Biologia). Mais atrás, de chapéu, Prof. Luiz Sérgio de Souza (Geografia).
Além disso, as aulas de campo organizadas pela EE. PE. CÉSAR ALBISETTI visam dar concretude ao compromisso pedagógico estabelecido no seu PPP - Projeto Político Pedagógico, construído em conformidade com o estabelecido nas Diretrizes Curriculares para o Ensino Médio (DCNEMs), aprovadas pela Resolução nº 2, de 30 de janeiro de 2012, da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação.
Alunos ouvem atentamente ao seu Alberto, proprietário da BRITANOP falar sobre sua empresa. Ao centro, com pasta na mão, a Profª. Nelice Ferraz (História).
 As DCNEMs  determinam em seu art. 5º, inciso V, que o Ensino Médio em todas as suas formas de oferta e organização, baseia-se na "indissociabilidade entre educação e prática social, considerando-se a historicidade dos conhecimentos e dos sujeitos do processo educativo, bem como entre teoria e prática no
processo de ensino-aprendizagem".
A Profª. Adjair Pereira de Miranda, Diretora da Escola, com o Prof.Urano Lopes (Artes e Língua Portuguesa)
A aula de campo em Alto Coité teve um importante momento na Pedreira BRITANOP, ali instalada para a exploração mineral de areia, cascalho, brita de vários tamanhos e diamantes.
Profª. Nelice Ferraz (História) comenta a história bíblica de um homem que construiu casas na areia e na rocha, fazendo alusão ao trabalho da pedreira. À direita, prof. Antenor Ferreira (Biologia).
A comitiva do conhecimento, formada pelos professores e alunos dos segundos anos matutino e vespertino da Escola Pe. César Albisetti foi recebida na Pedreira Britanop pelo seu proprietário, Sr. Alberto, o qual, gentilmente, deu as boas vindas ao grupo, fez orientações a respeito das normas de segurança para a visita, estabeleceu compromissos verbais e todas as cautelas de praxe, a fim de evitar contratempos e acidentes. 
Seu Alberto, proprietário da BRITANOP, ao lado, Prof. Gaudêncio Amorim (Sociologia), Prof. Luiz Sérgio de Souza (Geografia) e alunos.
Segundo ele, uma pedreira é um lugar perigoso e todo o cuidado faz-se necessário. 


Alunos visitam a pedreira BRITANOP acompanhados de professores, guiados pelo Sr. Alberto, proprietário da empresa.
Lamentou não ter equipamentos de segurança para todos e disse que poderia ter providenciado, caso tomasse conhecimento da visita com maior antecedência.
Seu Alberto conduz a visita pela pedreira. Ao seu lado direito, prof. Gaudêncio Amorim (Sociologia)
Seu Alberto explicou em detalhes como funciona a pedreira. 
Lavador de cascalho
Disse tê-la adquirido a um ano e seis meses, de um grupo que atuava naquela localidade e que manteve a marca BRITANOP, já conhecida na região.

Operário em ação no lavador
 A BRITANOP tem um faturamento anual em torno de 2,5 milhões de reais, sendo que aproximadamente 20% desse valor é lucro líquido, já deduzidos os impostos e investimentos. 
Lavador em funcionamento
Esclareceu, no entanto que as máquinas e equipamentos utilizados na pedreira são bastante onerosos e tem alta depreciação, danificando-se em tempos muito reduzidos, exigindo, portanto, constantes renovações, o que diminui bastante os resultados.
Separador de pedras. Classificação por tamanho.
A BRITANOP emprega servidores administrativos, motoristas, ajudantes gerais, operadores de máquina e terceiriza os serviços legais e de engenharia ambiental para uma empresa localizada na Capital do Estado, a qual tem a incumbência de manter atualizada a documentação para a exploração mineral realizada em Alto Coité.
Seu Alberto explica aos alunos o funcionamento do separador
Segundo o proprietário, Sr. Alberto, atualmente a empresa possui quatro áreas licenciadas para a exploração e que é monitorada pelos órgãos ambientais através de satélites, visando garantir que a mesma não ultrapasse um metro sequer além dos limites licenciados.
Caminhão chega com material para ser levado ao lavador
Além de que toda a mão-de-obra utilizada pela empresa seja do Município de Poxoréu, a mesma tem uma política de apoio aos seus servidores, premiando aqueles que têm assiduidade, bem como presta apoio a entidades de assistência social com o fornecimento de seus produtos, como forma de comprometimento social.
Caminhão vasculha material no lavador
No momento, a empresa está fornecendo material para a pavimentação da rodovia que liga Primavera do Leste a Paranatinga, MT.
Alunos em torno do separador/classificador de pedras
No momento das respostas às perguntas de professores e alunos, seu Alberto disse que sua empresa está realizando uma limpeza em áreas que foram depredadas pelos mais de cinquenta anos de exploração garimpeira na região, objetivando recuperar o status quo ante desses locais. 
Visão panorâmica do separador em funcionamento.
Nas áreas que forem limpas será realizada a recomposição da flora com árvores nativas e capim. Segundo seu Alberto, até o momento não há nenhuma área já recuperada e que possa servir de vitrine dessa missão, mas que esse é o compromisso assumido por sua empresa. Relatou que a empresa que o antecedeu já havia realizado alguns serviços, mas nada de forma conclusiva.
Visão lateral do separador de pedras/classificador.
A visita foi bastante proveitosa para todos. A maioria dos membros da Comitiva nunca haviam estado em uma pedreira. O lugar parece um formigueiro em plena atividade, com pessoas e máquinas andando e se movimentando de um lado para outro.
Área onde já foi realizada a limpeza, quase pronta para o repovoamento da vegetação nativa e capim.
A visita ao campo de trabalho começou pelo lavador. Nesse local, o material recolhido nas fainas garimpeiras do passado é trazido até ali em caminhões, onde é lavado para se separar as pedras da terra e da areia.
Tanque de decantação para limpeza da água a ser lançada no rio Coité.
A água usada no lavador é proveniente do Rio Coité, em cuja margem direita está instalada a atividade exploradora da empresa. 
Área em recuperação
Mas, segundo seu Alberto, toda a água utilizada é novamente tratada em tanques de decantação, onde se separam os resíduos sólidos da água, sendo a mesma, depois de devidamente limpa, devolvida ao leito natural do rio.
Rio Coité
O proprietário explicou ainda que as atividades de mineração ali realizadas se mantém aquém de cinquenta metros das margens do rio Coité.
Profª Nelice Ferraz (História), em contemplação à natureza, sentada às margens tranquilas do rio Coite.
 Após a visita ao lavador, onde os visitantes acompanharam a lavagem do cascalho, a visita foi para o local onde as pedras são classificadas por tamanho, sendo que as maiores são recortadas em tamanho padrão para o seu aproveitamento comercial.
Pegando a estrada outra vez...
Em nossa avaliação, foi uma excelente aula de campo. Os alunos, com certeza, sempre se lembrarão do que viram nessa pedreira.


Prof, Izaias Resplandes de Sousa (Matemática)
Texto, Fotos e Divulgação: Prof. Izaias Resplandes de Sousa
Realização: EE. PE. CÉSAR ALBISETTI - POXORÉU - MT

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