segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A motivação do sacrifício


A gente pode passar a vida toda (a terrena e a eterna) de papo para o ar, sem se preocupar com absolutamente nada, satisfeito com o que cair do céu a custo zero. Podemos até ser feliz com esse tipo de vida, dizendo que ele é de graça. Todavia, o sofrimento, a privação e a miséria têm um preço muito alto. Eu creio que a gente pode até admitir viver uma parte de nossa vida dessa forma, abstendo-nos de muitas coisas, desde que haja a perspectiva de um dia viver melhor. Mas toda a eternidade é um inferno que será intolerável.
 Quando uma pessoa vai à escola, sacrificando um tempo em que poderia estar tomando um banho de cachoeira, praticando algum esporte, ou mesmo vagabundeando para cá e para lá, essa pessoa faz isso porque acredita que a educação pode mudar os rumos de sua vida, dando-lhe condições mais dignas para viver, com possibilidade de ter uma renda melhor e de poder usufruir dos bens de consumo postos à disposição de todos os que podem pagar por eles.
A vida de estudante até o canudo da graduação, normalmente flui até os vinte, vinte e cinco anos. E a vida média de uma pessoa no Brasil deve estar beirando os setenta e cinco anos e aumentando cada vez mais. Isso significa que o jovem estudante que vai à escola, abstendo-se desse tempo de vida em que ficará restrito à sala de aula será um investimento para assegurar que nos próximos cinquenta anos de sua vida ele poderá realizar aquele sonho da vida melhor. A proporção entre o sacrifício e o gozo é de um por três, ou vinte e cinco por setenta e cinco. Portanto o sacrifício do banco escolar é um sacrifício que vale a pena. É temporário.
Por outro lado, existem aqueles que investem no gozo e na felicidade eterna. Sacrificam-se aos prazeres dessa vida para poder desfrutar dos prazeres celestiais. Nesse caso, a proporção é incomparável. São setenta e cinco por toda uma eternidade. Se no primeiro caso já valia a pena, neste, então, não há o que discutir. Vale a pena qualquer sacrifício para se alcançar o prêmio da vida eterna.
Essa é a reflexão. O sacrifício pode ser eterno. A pessoa pode ter uma vida miserável aqui e no além também. Mas, se estiver disposto a um pouco de renuncia por acreditar que o amanhã feliz valerá a pena, ainda que hoje se tenha de sacrificar alguma coisa, então essa pessoa estará devidamente motivada para enfrentar a luta com coragem, altivez e determinação. E ela será uma vencedora.
Acredite na vida melhor, acredite em um futuro diferente. Vamos em frente. E que Deus nos ajude e nos abençoe com muitas vitórias neste ano letivo de 2012.

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