A
gente pode passar a vida toda (a terrena e a eterna) de papo para o ar, sem se
preocupar com absolutamente nada, satisfeito com o que cair do céu a custo
zero. Podemos até ser feliz com esse tipo de vida, dizendo que ele é de graça.
Todavia, o sofrimento, a privação e a miséria têm um preço muito alto. Eu creio
que a gente pode até admitir viver uma parte de nossa vida dessa forma,
abstendo-nos de muitas coisas, desde que haja a perspectiva de um dia viver
melhor. Mas toda a eternidade é um inferno que será intolerável.
Quando uma pessoa vai à escola, sacrificando
um tempo em que poderia estar tomando um banho de cachoeira, praticando algum
esporte, ou mesmo vagabundeando para cá e para lá, essa pessoa faz isso porque
acredita que a educação pode mudar os rumos de sua vida, dando-lhe condições
mais dignas para viver, com possibilidade de ter uma renda melhor e de poder
usufruir dos bens de consumo postos à disposição de todos os que podem pagar
por eles.
A vida de
estudante até o canudo da graduação, normalmente flui até os vinte, vinte e
cinco anos. E a vida média de uma pessoa no Brasil deve estar beirando os
setenta e cinco anos e aumentando cada vez mais. Isso significa que o jovem
estudante que vai à escola, abstendo-se desse tempo de vida em que ficará
restrito à sala de aula será um investimento para assegurar que nos próximos
cinquenta anos de sua vida ele poderá realizar aquele sonho da vida melhor. A
proporção entre o sacrifício e o gozo é de um por três, ou vinte e cinco por
setenta e cinco. Portanto o sacrifício do banco escolar é um sacrifício que
vale a pena. É temporário.
Por outro lado,
existem aqueles que investem no gozo e na felicidade eterna. Sacrificam-se aos
prazeres dessa vida para poder desfrutar dos prazeres celestiais. Nesse caso, a
proporção é incomparável. São setenta e cinco por toda uma eternidade. Se no
primeiro caso já valia a pena, neste, então, não há o que discutir. Vale a pena
qualquer sacrifício para se alcançar o prêmio da vida eterna.
Essa é a reflexão.
O sacrifício pode ser eterno. A pessoa pode ter uma vida miserável aqui e no
além também. Mas, se estiver disposto a um pouco de renuncia por acreditar que
o amanhã feliz valerá a pena, ainda que hoje se tenha de sacrificar alguma
coisa, então essa pessoa estará devidamente motivada para enfrentar a luta com
coragem, altivez e determinação. E ela será uma vencedora.
Acredite na
vida melhor, acredite em um futuro diferente. Vamos em frente. E que Deus nos
ajude e nos abençoe com muitas vitórias neste ano letivo de 2012.
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