quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pe. César discute calendário, projetos e relacionamento

Nesse dia 8 de fevereiro de 2012 a Escola Pe. César Albisetti esteve reunida para debater e definir a proposta de calendário escolar e projetos a serem desenvolvidos no ano letivo de 2012. O debate foi precedido por uma ampla reflexão sobre as necessidades de aprendizagem na área do relacionamento social. A temática foi explorada através do trabalho em sete grupos, assim divididos: 1 - A aprendizagem da convivência; 2 - A aprendizagem da comunicação; 3 - A aprendizagem da interação; 4 - A aprendizagem da decisão em grupo; 5 - A aprendizagem dos cuidados pessoais; 6 - A aprendizagem da convivência social; e, 7 - A aprendizagem da valorização do saber social.
A reflexão foi ampla e bastante proveitosa. Todos participaram. Deram seus pontos de vista. E, ao final da tarde, deliberamos pela continuação dos seguintes projetos pedagógicos: Aulas de Campo, Feira das Ciências, Provas por Área de Estudos; Gincana Cultural e Jogos Inter-classes. Também foi parcialmente definido o calendário escolar. Neste dia 9/2, os profissionais da escola deverão trabalhar com o planejamento específico de suas áreas.
É de observar que a Escola Pe. César está realizando sua Semana Pedagógica com uma semana de atraso, em decorrência de que a maioria de seu pessoal é interino e somente está sendo definido durante esta semana. Ainda faltam professores para completar o quadro. Outro ponto que justificou a postergação foi o transporte escolar da zona rural que atende a escola e que somente começará a funcionar a partir do dia 13/02. Mas, na proposta de calendário discutida ontem, já se contemplou a reposição dessa semana de aulas para que os alunos não tenham qualquer prejuizo.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Comunidade Pe. César reestuda as Orientações Curriculares para 2012


A Comunidade "Pe. César Albisetti" realizou no dia de hoje (7/2/12) uma revisão das Orientações Curriculares da SEDUC/MT para o ano letivo de 2012. Foram observados os aspectos mais relevantes no que diz respeito à organização didática, a avaliação e a formação continuada para a Educação Básica em MT.
Os desafios são os mesmos de muitos anos. Consistem em superar a ambiguidade da preparação para o trabalho versus a preparação para a continuação dos estudos em nível superior. A orientação é no sentido de que a escola estadual deva buscar o equilíbrio entre esses dois objetivos, articulando-os de forma proveitosa para a comunidade estudantil, haja vista que muitos alunos não prosseguem sua carreira em nível superior, contando apenas com a formação básica para o seu enfrentamento do mercado laboral.
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O VALOR DO ENSINO TEÓRICO

Autor: Prof. Izaias Resplandes de Sousa (foto abaixo)

Uma das perguntas que mais se faz na área da educação é a seguinte: qual é a utilidade do ensino das teorias com que a escola se envolve na maior parte do seu tempo curricular? A pergunta visa a valorização absoluta do pragmatismo imediato, em detrimento da busca aprofundada do conhecimento.
Refletindo sobre o assunto, pode-se perceber as diminutas limitações desse raciocínio. É de ver que, para o enfrentamento da complexidade da vida moderna, não basta um conhecimento superficial. Os tempos atuais exigem que o homem seja capaz de pensar soluções e tomar atitudes de profundas consequências, as quais, se erradas, podem trazer prejuízos de dimensões catastróficas. Uma empresa milionária pode quebrar da noite para o dia por conta de uma decisão mal tomada, porquanto mal pensada.
O homem moderno deve compreender o valor das idéias e vê-las como possibilidades. Ainda me recordo de uma cena do filme “A máquina do Crescimento” (1988), em que o personagem Lloyd, vivido por Adam Carl, inventor de uma máquina capaz de fazer sementes se transformarem em árvores em poucos segundos, mostra três sementes de abóbora para o seu amigo namorador Danny (Steven Eckholdt), um garoto comum de quatorze anos, que se apaixonara por sua professora (vivida pela bela Daphne Ashbrook), perguntando-lhe o que ele via. Danny diz que via três sementes de abóbora, ao que Lloyd respondeu: “Você vê sementes de abóbora; eu vejo possibilidades”.
Essa é a diferença entre aquele que deseja conseguir resultados práticos imediatos, tratando a vida como algo estático, parado no tempo, contrariando a fluidez e o progresso da humanidade. Já dizia Heráclito que tudo flui o tempo inteiro e “a água que corre no rio hoje, já não é mais a água de ontem; aquela já está no mar”. Os problemas da vida não se repetem. O homem de hoje precisa ser capaz de reagir frente às adversidades que surgirão em seu caminho. Portanto, deve ser um pensador, um buscador de novas soluções e respostas aos desafios que surgirão das formas mais inusitadas possíveis.
Tudo o que temos hoje em dia, outrora não passava de possibilidades. Todavia, ainda que contrariando as evidências, alguém acreditou que era possível transformar a utopia em realidade. E envidou tempo, estudos, recursos e tudo o que tinha para ver isso acontecer. Muitos morreram sem ver os resultados. Mas outros, seguindo suas pegadas deram continuidade à busca dos resultados desejados e hoje nós colhemos os frutos desse esforço e desse sacrifício, beneficiando de uma tecnologia até hoje nunca vista.
Os primeiros pensadores deram passos corajosos de gigantes, desafiando os mitos das religiões ancestrais, explicando de forma lógica e racional a origem de todas as coisas. Ainda que não estivessem certos em tudo, eles ousaram pensar, idealizar e dar uma origem para todas as coisas. Foram essas idéias que fizeram nascer as ciências especializadas em cada ramo do saber.
É muito importante que o homem de hoje conheça a trajetória que seus ancestrais percorreram para chegar aos dias atuais. É de saber que esses progressos científicos que se vislumbram em nossos dias não caíram do céu e nem servirão para todo o sempre. Eles precisarão ser aperfeiçoados, melhorados, modificados ou mesmo substituídos por outros totalmente diferentes. Mas toda e qualquer mudança, para que seja proveitosa, deve partir de uma dada realidade. Não se pode ignorar os princípios e os fundamentos do conhecimento. Deve-se conhecê-los para não incorrer nos mesmos erros dos que erraram e nem tampouco ficar patinando na mesma descoberta.
Ao analisar as bases do pensamento passado, o homem de hoje avançará. Ele não partirá da estaca zero, mas seguirá a rota traçada pelos seus ancestrais.
Eu sonho com o dia em que estaremos nos teleportando pelos quatro cantos do universo de forma quase instantânea. Poderemos nos livrar de hecatombes e de quaisquer outros perigos por esse meio. Conheceremos como nunca se conheceu, porque não haverá limites para pormos os nossos pés. E sonho com tantas coisas mais. Eu acredito que um dia seremos verdadeiros deuses, tantas serão as nossas possibilidades. Mas isso só será possível quando aprendermos a cooperar uns com os outros, dando nossas idéias e respeitando as idéias dos outros; quando aprendermos que o novo é uma sucessão de muitos velhos. Meu filho não é apenas o meu herdeiro genético. Ele é o herdeiro de toda a humanidade, mas precisa valorizar e se apropriar de sua herança, sob pena dela não ter-lhe qualquer valor.
É de lembrar que uma boa idéia somente será boa se puder interagir com as demais.
O homem deve adquirir um completo domínio das linguagens para ser capaz de transmitir e receber idéias com efetividade. Nossas idéias e as dos nossos ancestrais poderão se perder no vazio cosmológico, caso sejamos incompetentes para legá-las às novas e futuras gerações. Nesse momento estou legando essa reflexão a todos os homens “ad infinito”.
É de observar ainda que os instrumentos de cálculo hoje utilizados são bastante avançados, mas ainda não foram suficientes para nos tirar das bordas do universo. Ainda estamos avistando a praia. Navegamos poucas jardas. Precisamos de instrumentos mais eficientes para o cálculo, a fim de que possamos avançar rumo ao desconhecido cosmológico, como precisaram os nossos ancestrais do século XV para realizar as chamadas grandes navegações. Da pesquisa de Wanessa de Souza[i], destaco o seguinte excerto:

Apesar do medo que o oceano provocava e das dificuldades técnicas de se viajar por ele, nos fins do século XV, os europeus conseguiram desvendar seus mistérios, movidos por questões econômicas, políticas, religiosas, e até mesmo pelo fascínio que ele despertava. O que permitiu as grandes viagens marítimas, nesse período, foi o desenvolvimento dos instrumentos de navegação, a criação de embarcações mais resistentes e modernas, os incentivos e investimentos financeiros e também a disposição dos navegadores para viajar. Instrumentos como a ampulheta, a balestilha, o astrolábio, a bússola, o quadrante, etc, há muito tempo conhecidos no oriente, foram, nesse período, bastante divulgados entre os europeus e aperfeiçoados por eles. A criação da caravela pelos portugueses, foi outro importante fator que possibilitou as viagens marítimas, pois ela era uma embarcação forte, que permitia enfrentar correntes e tempestades do alto mar, era veloz e dotada de bom espaço para carregar a tripulação e a carga.

Quanta importância teve a ampulheta, a balestilha, o astrolábio, a bússola, o quadrante e tantas outras criações da genialidade daquele tempo que hoje consideramos ultrapassadas.
A revisão das idéias matemáticas desenvolvidas ao longo da trajetória humana na Terra poderá ser o canal para a descoberta de novas potencialidades de construção de ferramentas mais avançadas e mais poderosas, as quais nos ajudarão na caminhada em direção ao núcleo onde tudo começou e, avançando além dele, atingir a fronteira final na reta dos cento e oitenta graus. Então acredito que tudo o que nos pareceria impossível deverá se tornar possível e já não haverá segredos para nós. E seremos como deuses.
É isso que estamos querendo ensinar na escola. Para apagar fogo, temos os bombeiros. Para as soluções quotidianas, temos o conhecimento cristalizado. Mas para resolver os enigmas do futuro, só contamos com as escolas que se preocupam em discutir o conhecimento teórico acumulado pela humanidade, que não apenas usa a tecnologia, mas que inova e constrói a partir do que se tem, tantas e quantas forem as possibilidades.
Eu trabalho e faço parte de uma escola que se baseia no conhecimento passado e presente para construir o conhecimento futuro, porque esse é o tipo de conhecimento que entendo ser útil para a humanidade da qual faço parte[ii].

Fotos: Izaias - Prof. de Matemática (1), Adjair - Profª de Lingua Portuguesa (2), André - Prof. de Filosofia (3), Izaias e Geniel - Professores de Matemática (4), Alice - Professora de História e Regiane - Profª de Biologia (5), Ramaiane - Profª de Língua Inglesa e Lourdes  - Monitora do MT Preparatório (6), Maria Iva - Profª de Educação Física (7) e Maura - Pedagoga e profª de Sociologia (8).

[i] Souza, Wanessa de. As grandes navegações e o descobrimento do Brasil. Disponível em: <http://www.fafich.ufmg.br/pae/apoio/asgrandesnavegacoeseodescobrimentodobrasil.pdf>. Acesso em: 7 fev 2012.

[ii] Sousa, Izaias Resplandes de. Pedagogo, Matemático e Advogado. Professor de Matemática da Rede Pública Estadual de MT. Leciona nas escolas Pe. César Albisetti e Profª Juracy Macêdo em Poxoréu, MT.

Autoridades presentes no Pe. César


No primeiro dia de aula na Escola Pe. César Albisetti, alunos e servidores da comunidade foram brindados com as palavras de incentivo das autoridades locais. A educação se faz dentro e fora das salas de aula. De acordo com a LDBEN, a responsabilidade pela educação é de todos: do Estado, dos Pais e da Sociedade.
Segundo a Profª Leda Figueiredo Rocha do Lago, o Município de Poxoréu está com uma posição bastante privilegiada no ranking das escolas estaduais de Mato Grosso, registrando um dos melhores índices de aproveitamento.
Pe. Guilhermo inistiu com os alunos do período noturno para que não desistam diante das dificuldades, citando o exemplo de um professor que estudou a noite, formou-se e posgraduou-se até o nível de doutorado em Matemática. Diziam que ele era um louco, mas louco ou não, ele não desistiu e foi um vitorioso.


"Pode ser que eu seja
Um cantor, um ator, um artista,
Pode ser que eu seja,
Um lavrador, homem do campo, um sertanista,
Pode ser que eu seja,
Um doutor, um professor, um especialista,
Pode ser que eu seja...
Então que eu seja,
Então que eu seja...
E não desista.
Pode ser que eu seja!"

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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

E tem início o ano letivo de 2012


Com a presença de diversas autoridades, tais como os Assessores Pedagógicos da SEDUC Profª Leda Figueiredo e Prof. José Messias Vieira, o Pe. Guilhermo Morales, o Secretário Municipal de Educação Prof. Antônio Lélis, a escola Pe. César Albisetti deu início ao ano letivo de 2012, neste dia 06 e fevereiro, com uma acolhida especial aos seus alunos.  A unidade está sob a Direção da Profª Maura Rodrigues da Silva e Silva, auxiliada pela Secretária Maria Auxiliadora e pelos Coordenadores Pedagógicos Prof. Geniel e Profª Adjair Miranda. Na abertura do ano letivo, as autoridades trouxeram mensagens de incentivo aos alunos, estimulando-os a prosseguirem em direção à vitória. A ex-aluna Mariana,  filha do ex-prof. Sebastião, concluinte de 2011 e já bolsista integral  do PROUNI, incentivou os alunos a lutarem pelas melhores posições. Pe. Guilhermo trouxe o exemplo de Dom Bosco. Profª Leda disse que é preciso ter muita sabedoria para poder usufruir das boas coisas da vida com auto-sustentação, segurança e felicidade.
 

A motivação do sacrifício


A gente pode passar a vida toda (a terrena e a eterna) de papo para o ar, sem se preocupar com absolutamente nada, satisfeito com o que cair do céu a custo zero. Podemos até ser feliz com esse tipo de vida, dizendo que ele é de graça. Todavia, o sofrimento, a privação e a miséria têm um preço muito alto. Eu creio que a gente pode até admitir viver uma parte de nossa vida dessa forma, abstendo-nos de muitas coisas, desde que haja a perspectiva de um dia viver melhor. Mas toda a eternidade é um inferno que será intolerável.
 Quando uma pessoa vai à escola, sacrificando um tempo em que poderia estar tomando um banho de cachoeira, praticando algum esporte, ou mesmo vagabundeando para cá e para lá, essa pessoa faz isso porque acredita que a educação pode mudar os rumos de sua vida, dando-lhe condições mais dignas para viver, com possibilidade de ter uma renda melhor e de poder usufruir dos bens de consumo postos à disposição de todos os que podem pagar por eles.
A vida de estudante até o canudo da graduação, normalmente flui até os vinte, vinte e cinco anos. E a vida média de uma pessoa no Brasil deve estar beirando os setenta e cinco anos e aumentando cada vez mais. Isso significa que o jovem estudante que vai à escola, abstendo-se desse tempo de vida em que ficará restrito à sala de aula será um investimento para assegurar que nos próximos cinquenta anos de sua vida ele poderá realizar aquele sonho da vida melhor. A proporção entre o sacrifício e o gozo é de um por três, ou vinte e cinco por setenta e cinco. Portanto o sacrifício do banco escolar é um sacrifício que vale a pena. É temporário.
Por outro lado, existem aqueles que investem no gozo e na felicidade eterna. Sacrificam-se aos prazeres dessa vida para poder desfrutar dos prazeres celestiais. Nesse caso, a proporção é incomparável. São setenta e cinco por toda uma eternidade. Se no primeiro caso já valia a pena, neste, então, não há o que discutir. Vale a pena qualquer sacrifício para se alcançar o prêmio da vida eterna.
Essa é a reflexão. O sacrifício pode ser eterno. A pessoa pode ter uma vida miserável aqui e no além também. Mas, se estiver disposto a um pouco de renuncia por acreditar que o amanhã feliz valerá a pena, ainda que hoje se tenha de sacrificar alguma coisa, então essa pessoa estará devidamente motivada para enfrentar a luta com coragem, altivez e determinação. E ela será uma vencedora.
Acredite na vida melhor, acredite em um futuro diferente. Vamos em frente. E que Deus nos ajude e nos abençoe com muitas vitórias neste ano letivo de 2012.